2ª Semana (13-17 Fevereiro 2017)

1ª Aula

Como brincar de pique-bandeira

Autor: 
Cíntia Costa

Esta é uma brincadeira que trabalha a noção de estratégia e trabalho em equipe: divididas em times, as crianças têm de atravessar o território inimigo e pegar a bandeira do adversário sem deixar que a sua seja roubada. Se um jogador for “pego”, seus colegas se organizam para resgatá-lo sem deixar o objetivo principal de lado.


Nomes da brincadeira: Pique-bandeira, bandeira, bandeirinha, rouba bandeira, bimbarra.

Jogadores:
 4 ou mais (o número precisa ser par, para que a divisão dos times seja exata).
Material necessário: duas bandeiras (ou objetos que representem bandeiras) e um giz para marcar o chão, caso não seja uma quadra.
Onde brincar: ao ar livre, em uma quadra, campo, rua sem movimento ou galpão.
Como se brinca:
As crianças são divididas em dois times. Cada um fica com um lado da quadra. Na linha de fundo de cada espaço é fincada a bandeira do time. O objetivo é roubar a bandeira adversária e proteger a sua, atravessando o campo adversário correndo.
Quando um ou mais jogador tenta atravessar o campo inimigo, precisa cuidar para não ser pego por nenhum de seus adversários, senão fica “preso” no fundo do campo e não pode mais ajudar seu time. Os jogadores presos no campo adversário só podem ser libertados pelo toque de um de seus companheiros de time.
Enquanto parte do time se dedica à conquista da bandeira do outro, o resto fica incumbido de proteger a sua própria bandeira evitando que os adversários cheguem até ela, e de vigiar os presos, para que seus colegas não o libertem.
O jogo acaba quando um dos times conseguir trazer para seu campo a bandeira do outro.

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2ª Aula

Como brincar de barra-manteiga

Autor: 
Cíntia Costa

barra-manteiga
Quantos jogadores:
4 ou mais pessoas, divididas em dois times.
Onde brincar
Quadra, galpão ou rua com pouco movimento. Traçam-se no chão duas linhas paralelas com uma distância de entre 8 m e 15 m.
Regras
O jogo começa com os participantes de cada time enfileirados lado a lado nas respectivas linhas. Os adversários ficam de frente uns para os outros.
Um jogador do time que começar sai da linha e se dirige até a do time rival. Os adversários estendem a mão com a palma para cima e ele bate em cada uma seguindo o ritmo da música:
“Barra-manteiga, na fuça da nega
Minha mãe mandou bater nesta daqui
1, 2, 3!”
A última batida é mais forte e o jogador deverá correr de volta para seu time. O dono da mão, por sua vez, corre atrás e tenta pegar o adversário antes que este atravesse a linha. Antes de dar a batida final, o jogador pode demorar o tempo que julgar necessário para tentar pegar o outro de surpresa e ter tempo de fugir. Se conseguir, o rival que o perseguiu passa a fazer parte de seu time. Se for pego, ele é quem vai para o outro time.
Ganha a equipe que cehgar ao fim do tempo estabelecido com o maior número de jogadores. Se não houver limite de tempo, o jogo segue até que o último jogador de um time seja pego.
Campo do barra-manteiga
Campo onde brinca barra-manteiga
Observações
  • A brincadeira envolve corrida. Escolha um espaço sem obstáculos no caminho para evitar tropeços. A velocidade aumenta o perigo de lesão com uma possível queda.
  • A rua é um ótimo local para barra-manteiga, mas só vale se for sem saída ou sem movimento para evitar acidentes.
Curiosidades
As origens da brincadeira não são claras, mas a letra da música indica relação com a época em que o Brasil era um país escravocrata. Para a pedagoga e psicóloga Azoilda Loretto da Trindade, estudiosa de questões raciais, a brincadeira tem viés discriminatório.
Em texto publicado em 2004, ela diz que "a nêga da brincadeira é uma mulher negra, logo gente, logo tem nariz e não fuça (...) Não foi dito [para as crianças] que não se coloca barra de manteiga no nariz de ninguém".

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3ª Aula

Jogo de Taco ou Bets - Regras

Jogo 

Todo jogo tem regras específicas e com o jogo de taco não é diferente. Só que ao invés de uma, o jogo de taco tem várias regras. Confira:
1) Regra da reta
A regra da reta consiste no seguinte: os lançadores podem pedir "reta" ou "tudo" quando a bola for rebatida e não passar da casa do outro rebatedor, ficando, portanto, entre as duas casas. Em seguida, quem arremessou a bola pode pegá-la novamente e arremessar de onde ela parou. Mas, se antes disso o rebatedor pedir "nada", o arremessador terá que pegar a bola e voltar para trás da base para lançar a bola mais uma vez.
2) Regra da lancha
Quando o rebatedor do lado oposto do lançador encostar na bola com o pé (ou outra parte do corpo) é contado "uma na lancha". Esse movimento também pode ser chamado de "shot" ("um/uma shot", "2 shot", "3 shot"). Se o rebatedor se machucar com o lançamento da bola, ele pode ter um tempo de recuperação e, dependendo da regra, o descanso pode ser finito ou infinito. Dependendo da regra, se os rebatedores marcarem "3 na lancha" pode acontecer a perda dos tacos ou a perda de 4 pontos da equipe.
Para conseguir os tacos, uma outra opção é tentar acertar o rebatedor com um tiro direto, ao invés de tentar acertar a casa. Ou então, há uma outra variação: quando a bola toca no pé do rebatedor é cobrada uma espécie de pênalti, e o arremessador pode tentar acertar a casa a alguns passos de distância do rebatedor. Os batedores podem perder o taco se a bola encostar no rebatedor, seja ele, o oposto ou o que está rebatendo. 
3) Regra do "pra trás"
Quando a bola tocar no taco e for para trás do círculo do rebatedor, é contado "uma para trás". Os rebatedores perdem a posse dos tacos quando isso ocorrer três vezes seguidas, ou seja, "3 para trás". Se a dupla estiver com "duas para trás", por exemplo, e marcar pontos, são descontadas as vezes que a bola foi para trás.
Quando os batedores estiverem com 24 pontos e fizer "3 para trás", os batedores perdem os tacos, assim os rivais vão para os tacos. Dependendo das regras, ao chegar no limite dos pontos, não se tem trás, por isso é permitido rebater para trás na pontuação máxima. Se o time que estiver com a pontuação máxima perder o taco, a contagem dos pontos da dupla cai para a metade. 
4) Regra da vitória
Há várias formas para declarar a vitória. Pegar a bola rebatida no ar dá a vitória automática à dupla de lançadores. Quando isso ocorre deve-se gritar "Pedro Vitória", "Maria Vitória", "contar vitória", "vitória 1, 2, 3" ou simplesmente "vitória". No interior de São Paulo, grita-se "vitória bets, entregue o taco". No entanto, lá a equipe da bola não recebe a vitória e sim, somente o taco para continuar a jogar. Em outros lugares de São Paulo, além de ganhar a posse do taco, a dupla que pegar a bola no ar ganha também 2 pontos. E se ocorrer o "cruza", cada cruzada de taco que a dupla rebatedora conquistar, ganha 2 pontos. Em algumas cidades do Paraná, Fortaleza, Rio Grande do Sul e Distrito Federal, é aceita a regra da vitória da dupla quando o lançador consegue pegar a bola no ar, sem deixar que a mesma escape e toque ao chão.
Dependendo das regras, se o jogador pegar a bola no alto sem ela quicar no chão, os adversários perdem o taco ou o jogo. 
5) Regra do pedido de time, tempo ou "bets morto"
A pausa do jogo pode ser pedida ao longo da partida. No entanto, pelo Brasil afora é diferente a forma como é feito este pedido. No interior de São Paulo, por exemplo, o jogo é paralisado quando há pedido de tempo, ou time (em inglês). A solicitação de tempo também pode ser feita utilizando as expressões "licença bets","bets-tempo", "bets-empacotado" e "licença pra um". Se um dos jogadores se ausentar da partida sem solicitar o pedido de tempo, os jogadores podem derrubar a casa adversária.
Outra expressão utilizada quando é necessário fazer uma pausa no jogo é time-pra-dois. A partir daí, conta-se até 100. Se o jogador ausente não voltar nesse período, os adversários podem começar a contar os betes até que o jogador volte. Quando uma dupla solicita time-pra-dois, ele recebe "uma pra trás".
O pedido de tempo em Brasília chama-se LB2 ("licença bet dois"); no Rio de Janeiro é "taco-pra-dois" se for para os dois jogadores ou todos eles, e "taco-pra-um" se só for um jogador com o taco; em Vicentinópolis (SP), diz-se "Licença para 1", ou "Pra 1", "Licença para 2", ou "Pra 2"; e, na Bahia, a pausa do jogo acontece após se dizer "Licença bets". No caso da Bahia, na maioria das vezes a pausa do jogo é solicitada devido a quebra do taco, quando ele escapole ou ao sumiço da bola, ou por causa de outra coisa que impeça o andamento da partida. Também não há contagem de tempo na Bahia. 
6) Regra do pedido de "pátio" ou "bolinha perdida"
Como o jogo pode ser realizado em diversos locais, inclusive, em campos abertos, se a bola rebatida cair em local de difícil acesso, como propriedade privada com portão trancado ou com cão, a dupla de rebatedores só poderá marcar pontos até que a outra dupla grite "pátio" ou "bolinha perdida". Será preciso ainda que as duplas cheguem a um acordo sobre a dificuldade de acesso.
Ao constatar que a bola foi parar em um local de difícil acesso, podem ser tomadas duas decisões: a dupla de rebatedores ganha pontos adicionais por causa da interrupção do jogo ou ela é decretada vitoriosa da partida.




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